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Shawinigan, Quebec, Canada

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Depois de 6 meses



Estamos de volta e há uma grande sensação de fase nova se iniciando e grandes realizações pela frente.

Ficar longe de tudo por um tempo é muito bom para aprendermos a valorizar tudo que temos, todos que estão a nossa volta, e acima de tudo, aquilo que somos. Parece que acabamos de virar o ano, e hoje é dia  primeiro de janeiro, quando as pessoas todas querem se encontrar, desejar lindos votos, fazer planos, sabe?

Os novos planos profissionais são os principais frutos dessa passagem pelo Canadá, que abriu portas para novas possibilidades a serem exploradas.

Vamos sentir muita falta das pessoas maravilhosas que conhecemos, dos passeios, das descobertas e de tudo que (infelizmente) é bem melhor por lá, como segurança, educação, trânsito organizado... Mas de que adianta ter tudo isso se as pessoas responsáveis por trazer mais alegria às nossas vidas não estiverem lá pra compartilhar?

O calor do brasileiro não se explica. Sabemos de todas as deficiências de nosso país e somos muito gratos pelo período que pudemos passar no Canadá, mas as belezas que conhecemos não são como as belezas de cá.

É simplesmente um privilégio poder estar de volta.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um pulinho em Ottawa

Conhecemos a capital do Canadá. Ottawa, assim como Old Quebéc, é repleta de museus e belas paisagens.

Visitamos o Museu de Belas Artes, que reúne lindos quadros e esculturas antigas, assim como peças de arte contemporânea, com as quais não nos identificamos muito, mas para quem gosta de ficar "viajando" no significado de toda aquela parafernalha, é um prato cheio.

Conhecemos também o Museu Canadense da Civilização, que mostra a evolução humana, desde os tempos da pré-história até as grandes personalidades que fizeram parte da história do Canadá. Esse, nós gostamos mais porque as diversas galerias simulam o clima de cada era e algumas áreas são interativas. Pode-se gastar três dias para desbravar todas as exposições desse museu, mas nossa passagem foi rápida e conhecemos tudo em uma tarde. Além disso, ao lado do Museu, há um belo mirante, de onde pode-se contemplar o prédio do Parlamento, que é um castelo antigo e muito majestoso.

 O centro da cidade é muito florido e organizado, assim como todas as cidades que visitamos por aqui. Perto de onde ficamos, ainda há muitos museus como o de Fotografia, Museu da Guerra, da Tecnologia e da Aviação. Museu não é mesmo a nossa praia, mas fica a dica para quem gosta.

Próximo ao Parlamento, fica o Rideau Canal, por onde os barcos atravessam de um nível para outro do rio e que, no inverno, vira uma pista de patinação gigante. 


Nos surpreendemos com o quarto do hotel, é maior que nosso apartamento no Rio! 
Simplesmente enorme, com dois banheiros, sala com dois ambientes, cozinha totalmente equipada, TV no quarto e na sala, varanda e tudo isso pela bagatela de $100,00, o mais barato que encontramos, e muito bem recomendado, não só pela estrutura, mas também por ser muito bem localizado.
O nome desse hotel é Albert at Bay e super recomendamos a qualquer um que esteja planejando passar algum tempo em Ottawa.



Pra fechar com chave de ouro, conhecemos o Cassino, que não é muito grande, mas dá pra fazer uma gracinha na roleta. Que saudade de Vegas...

Esse foi nosso útltimo passeio dessa temporada de  Canadá e mais um para nossas felizes recordações.




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O professor pensou que éramos traficantes

É mesmo muito engraçada a maneira como as pessoas passam pelas nossas vidas. Entre dezenas de cursos que pesquisamos aqui no Quebec, nos deparamos com um professor particular que passou muita confiança sobre seu método de ensino durante a primeira entrevista e, pelo preço, aliado aos nossos objetivos, foi o escolhido. Nunca poderíamos imaginar que esse cara seria um professor de inglês e de vida.

Durante 5 meses, conhecemos um pouco da vida dele e ele, da nossa. Nossa preferência era gastar o tempo de conversação, falando sobre as diferenças entre Brasil e Canadá, e vê-lo se divertir com nossas histó
rias sobre carnavais, lugares maravilhosos, personagens da nossa política e da nossa mídia, as artes, os costumes brasileiros... tanto que ele não vê a hora de conhecer o Rio de Janeiro.

Descobrimos nesse cara uma força e uma energia muito inspiradora. Afinal não é qualquer um que, aos mais de 60 anos, corre maratonas, pratica triátlon, superou três cirurgias contra câncer, foi consultor de negócios de grandes empresas, deu aula pra todo tipo de gente, inclusive traficantes de crianças, investigadores do governo, psicólogos de pedófilos, presidiários, árabes, chineses, franceses, indianos...  e ainda mantém, além do curso de inglês e francês, uma instituição especializada em novas idéias, através da qual, presta consultoria para inventores e empresários do Canadá e EUA.

Diante de todas as figuras com as quais ele já se deparou na vida, nosso primeiro encontro foi uma experiência engraçada para ele, e que só fomos saber meses depois de iniciado o curso.
Acontece que quando chegamos, não tínhamos segurança de falar em inglês por telefone, então todas as ligações eram feitas pelo pai do Daniel, que marcava nossas entrevistas com os cursos. E sempre íamos para as entrevistas acompanhados de alguém, afinal, não conhecíamos nada por aqui. Calhou de conhecermos nosso professor acompanhados do irmão do Daniel, que é fluente em francês e inglês e poderia nos dar uma forcinha com a conversa.

Alguns meses depois, nosso professor nos contou que achou que nos fôssemos da MAFIA LATINA.
Imagine a situação. O cara recebe a ligação de uma pessoa para agendamento da entrevista para um terceiro. Esse terceiro chega acompanhado de seu irmão (nada comunicativo) que é brasileiro, mas mora no Canadá. Esse mesmo terceiro é canadense, mas mora no Brasil e não fala inglês, nem francês. Na hora de pagar, ele prefere pagar tudo em dinheiro vivo, porque não tem conta corrente no Canadá, nem cheque. Quando pergunta qual é a profissão de seus futuros alunos, descobre que a esposa do cara trabalha com segurança e eles precisam voltar em 6 meses... Eles conversam em português entre si, durante a entrevista e quando ele pergunta ao irmão sobre o que o casal estava falando, ele responde: “Ela sabe atirar”... Bem... Ele pensou: “Quem serão essas pessoas? Serão traficantes de drogas, trazendo seu cartel para Quebec?”... Passamos muito tempo rindo disso, muito mais pelas caras e bocas do professor e da sua grande vocação para comediante, do que pelos fatos em si. Ele também tentou ser comediante quando mais jovem, mas se apaixonou primeiro e acabou não engajando-se nesse objetivo por conta do primeiro casamento, mas isso já é outra histó
ria...

 
Depois de 5 meses o chamando de Garry Nollan, descobrimos semana passada, durante um agradabilíssimo jantar de despedida, que o nome correto é Gary Nolan. Ele esperou até o último momento para nos corrigir, provocando mais gargalhadas.




Estamos muito satisfeitos com os resultados do curso, não só pela evolução com o idioma, mas por tudo que aprendemos sobre relações humanas, preconceito, evolução, política, negócios, humor, o que é fácil, o que é difícil, convivência, religião, cultura... peculiaridades da humanidade... tudo isso estava incluído no pacote e não há preço que pague.

Obrigado, Gary Nolan. Nos veremos em breve, quando você visitar o Rio.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Liquid Cocaine??

Atendendo a pedidos, contaremos qual é o estilo da boate Canadense...

No último fim de semana, conhecemos a boate Moomba, que fica no Centropolis de Laval, um centro comercial com muitos bares, restaurantes e vida noturna interessante.


Assim como tudo no Canadá, as boates de Quebéc seguem uma série de regras que não são impostas no Brasil. A mais marcante para nós é que toda casa noturna é proibida de vender bebida alcoólica após às 3h da manhã, com isso, esse é o horário que a maioria das casas fecham. Quem quiser continuar bebendo, que vá para sua casa (e sem trafegar com bebida pela rua, que também é proibido). Tomar uma latinha na calçada, nem pensar.

Na porta da Moomba, rola a tradicional fila, mesmo que a casa não esteja cheia e isso também é uma prática comum no Brasil, serve para dar a impressão de que a casa tá bombando! Quando chegamos, havia umas 10 pessoas aguardando para entrar, mas os seguranças liberaram nossa entrada assim que chegamos. Pensando no critério que os levaram a nos fazer furar a fila, chegamos à dedução de que eles dão preferência a frequentadores mais, digamos, maduros, já que a faixa etária da galera que estava aguardando não untrapassava os 25 anos.



Do lado de dentro, alta tecnologia na iluminação, com televisores mostrando o logo "Peace, Love and Moomba", ambiente muito descolado e clima lounge de restaurante. Após a meia noite, os funcionários recolhem todas as mesas e cadeiras do recinto que se transforma na pista de dança.



A faixa etária é de 30 anos e as músicas são eletrônicas do início ao fim, mas sem o "tu tchi tum" irritante das festas haves. Lá pelas 2h, eles servem uma bebida com gosto de perfume, que não identificamos do que se tratava... mas de graça, né? Só não desce acetona, que tira o esmalte dos dentes... E eles são muito criativos com os drinks, provamos o Smirnoff Ice misturado com um tipo de groselha e o "liquid cocaine", com ritual de beber, tipo tequila. Mas nesse caso, você vira o copinho, espera três segundos e depois engole, pra finalizar, inspira profundamente pela boca, fazendo biquinho... o gosto mais forte que fica é o da canela, mas não pergunte o que mais tinha alí... 

O banheiro feminino foi uma atração à parte. Além de vários produtos de beleza disponíveis para livre utilização das frequentadoras, havia um homem que se encarregava de entregar o papel toalha à meninas... Agora você imagina acabar de fazer xixi e dar de cara com um homem dentro do banheiro feminino... no mínimo, inconveniente. Mas a presença dele alí previne uso de drogas dentro do banheiro, pelo bem, pelo mal, melhor que ele fique lá...

Se fôssemos escolher uma boate no Rio para comparar à Moomba, citaríamos a The Week, no centro, pela decoração e pelas músicas.

Quase não se vêem turistas, mas tocaram músicas de toda parte do mundo e em um certo momento, ouvimos em rítmo da mais autêntica batida eletrônica: "Vô na TIMBALADA OIÁ!!"... além do Kuduro português...

Valeu a noite!

sábado, 10 de setembro de 2011

E o que fazer com todas essas maçãs?

Mesmo numa casa com cinco pessoas, não conseguiremos comer todas as maças colhidas (post anterior), mesmo que guardadas na geladeira. Resolvemos sondar com alguns amigos canadenses o que é de costume se fazer com as maçãs, além das tortas que já comemos quase um caminhão inteiro :)


Muitas dicas recebidas, mas uma chamou bastante a nossa atenção, "Purê de Maçãs". Um acompanhamento bem diferente do nosso tradicional feijão e arroz.

Existem muitas receitas escritas em português na busca do Google, o que ajudou para fazer a base, mas acabamos não seguindo nenhuma delas a risca. Todas as receitas que lemos usa as maçãs descascadas, mas para dar um ar mais artesanal, resolvemos deixar a casca e não bater no liquidificador. Outro padrão encontrado nas receitas foi que o purê de maçãs deve ser o acompanhamento de uma costela ou qualquer parte de carne suína, no nosso caso acompanhou um saboroso salmão na churrasqueira.

Para 04 pessoas são suficientes 06 maçãs de tamanho médio.



Cortamos em pedaços pequenos para a casca não ficar muito grande quando se soltar da polpa da maça.


É muito fácil de fazer, veja os passos:

1. Em fogo médio, coloque na panela 03 colheres de manteiga. Deixe a manteiga derreter e após, acrescente as maçãs e mexa por 5 minutos.

 
2. Após os 05 minutos, adicione uma colher de azeite extra virgem, uma colher pequena de sal e uma pitada de pimenta. Mexa por 02 minutos.


3. Adicione uma xícara pequena de vinho branco e mexa por uns 03 minutos. Tampe a panela e deixe cozinhar por mais 10 minutos, dê uma mexida de vez em quando, espere criar a consistência de um purê de batatas comum e desligue o fogo.

 

4. Você não esta fazendo uma comida comum, não deixe o purê na panela, coloque num recipiente que possa ir à mesa.


5. Devore .... Bom apetite ... Após os 20 minutos da receita você tem um acompanhamento delicioso e bem diferente para seus pratos preferidos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Colheita das maçãs


No Quebec, é uma tradição a colheita anual de maçãs. Famílias inteiras se reúnem para ir até um pomar, pagam pelos sacos e podem colher (e comer) o quanto aguentarem. 


O dia que fomos, estava ameaçando chover e fazia mais ou menos 17 graus. Foi bastante agradável, porque fazer isso sob sol seria cansativo... Uma experiência interessante. No pomar onde fomos, "Les Vergens Lafrance", há uma boa estrutura para piqueniques e uma mini-fazenda, passeio ótimo para crianças.


 

Nesse pomar, assim como em  toda boa atração turística, há uma loja de souvenirs, onde vende-se tudo de maçã, suco, vinho, geléia, torta, doces etc. Destaque para a cidra feita com as maçãs congeladas no inverno, que tem um sabor diferente de tudo que já provamos.

Mais um belo passeio, agora com gostinho de despedida...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Reta Final


Uma balança 
(Por Lenna)


Saudade e realização. Provação e experiência. Obstáculos e fortalecimento.
Esses cinco meses foram intensos , produtivos, cheios de novidades e uma fase importante de minha vida, pela qual sou grata a todos que nos apoiaram, de perto e de longe. Foi um grande exemplo de que fazer escolhas nem sempre é fácil. Conhecer uma nova cultura, um novo idioma e pessoas novas, significou abrir mão de conviver com aqueles que amo, abrir mão da minha zona de conforto e arriscar. Poderia dar tudo errado. Mas eu  só sabería se tentássemos.

Enquanto estive aqui, aprendi ainda mais o valor de uma verdadeira amizade, porque quando a gente não tem, entende o quanto faz falta. O engraçado foi retomar várias antigas amizades através da internet. Talvez isso não acontecesse se eu não ficasse horas na internet, que é por onde eu consigo estar próxima de todos.

Aprendi um novo idioma, aprendi a correr. Aprendi a cortar a grama e a fazer biscoitos de amendoim. Aprendi que odeio frio e pimentão. Aprendi a usar lavadora e secadora. Aprendi que ser paciente não é tão difícil. Aprendi a fazer marshmallow na fogueira e a remar no lago. Aprendi muito mais sobre mim.

Chego à conclusão de que a vida é simples e complicada. E que pra ser feliz, é fundamental ousar, mudar, experimentar e, acima de tudo, não desperdiçar nenhuma oportunidade de demonstrar seu carinho, sua gratidão, sua solidariedade, seu amor ao próximo, (principalmente, os mais próximos) e ao mundo.  Simples e complicado.

Daqui a 28 dias, estaremos novamente ao lado de tudo aquilo que resolvemos abrir mão por 6 meses. Teremos uma nova perspectiva profissional, novos objetivos, como se a vida se renovasse e nos mostrasse mais um degrau, mais uma via, rumo ao crescimento.

A saudade é muito forte. Mas cada segundo valeu a pena. E saber que logo estaria de volta, foi a força que eu precisava para equilibrar a balança.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Treinos para a Maratona de Montreal

Terrebonne, assim como toda a província de Quebec, é muito bem estruturada para ciclistas e corredores. Por toda cidade, há ciclovias ou parques com trilhas, onde é possível realizar bons treinos. Além disso, os motoristas respeitam e "dividem" (mesmo que obrigatoriamente) o espaço urbano com os esportistas.



É possível cruzar vários bairros, através das ciclovias, passando pelo meio de matas preservadas, rios, condomínios e é visível a preservação e a preocupação com a ordem e a limpeza das vias. Ainda pode-se escolher entre trilhas mais planas ou trilhas com um nível maior de dificuldade, de acordo com o treino que se deseja realizar.





O horário que temos treinado para a maratona de Montreal, que vai acontecer em 25/09/2011, é sempre depois das 16h, quando o sol não está muito forte e quando os insetos ainda não saíram de "suas casas". Depois das 18h, a pista da floresta é invadida por abelhas e todo tipo de insetos que gostam de zumbir no seu ouvido ou explorar seu esôfago...
Uma coisa legal de correr dentro da floresta é que frequentemente, vemos pessoas colhendo morangos e amoras silvestres. O clima é bem mais fresco e sempre temos companhia de esquilos.

Aqui em Terrebonne, existe um costume que não é comum no Rio: quando corremos na orla da Barra ou em volta da Lagoa, não cumprimentamos os demais corredores, certo? Óbvio, são muitos corredores e não conhecemos todos para cumprimetá-los, um por um.  Aqui, todos se cumprimentam. É raro cruzar com outro corredor na pista e não acenar com a mão ou com a cabeça, ou dizer "bom dia"... mesmo que ninguém se conheça. Com o tempo, entendemos a dinâmica das pistas.

Uma noite, resolvemos correr pela parte "urbana" da ciclovia, pois já era um pouco tarde para ir até a floresta e fomos surpreendidos por um grupo de adolescentes, de carro, que resolveram dar uma de brasileiros e deram um belo grito quando passaram do nosso lado, com o único objetivo de nos assustar e tirar uma onda com a nossa cara. Enfim, no Canadá também tem presepeiro. Nosso reflexo foi chingar com veemência (em português, ele não entenderam nada) e depois caímos na gargalhada.
Os treinos têm trazido boas experiências, além de uma qualidade de vida que não poderíamos deixar de aproveitar. Agora, é contagem regressiva para o desafio.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Old Quebec

Finalmente,  Quebec City!


Ficamos em um hotel localizado na rua Grande Allée Est. Essa rua é um ponto de referência muito bom para quem não conhece a cidade e deseja explorar a pé, exatamente o que fizemos.

Descendo essa rua, chegamos ao Palácio da Justiça, que é uma das obras arquitetônicas muito visitadas em Quebec. Descendo à esquerda desse palácio, encontramos uma encantadora viela com as paredes tomadas de gravuras, pinturas a óleo, fotografias, desenhos... tudo em referência à cidade. Os preços variam de $20,00  a $300,00, depende da obra. Compramos uma obra linda, com uma casinha de campo e a Aurora Boreau, que em breve estará em exposição por um preço simbólico. Rs

Descendo à direita, é possível avistar o Chateau Frontenac, um castelo cartão postal da região, sob o qual estão baseados os velhos canhões da cidade, também muito visitados e de onde pode-se admirar a linda paisagem de cima. Desse mirante, é possível avistar o Velho Porto e as ruazinhas cheias de bares, lojinhas e galerias de arte. 


Descemos até lá e encontramos uma parede muito famosa, que já tínhamos visto em fotos da cidade, com uma pintuta gigante que homenageia grandes figurões de Quebec, como navegadores, religiosos, políticos etc. A pintura também pode ser vista de cima, onde ficam os canhões, mas o divertido é tirar foto como se você fizesse parte da pintura. Todo mundo faz isso!!!!


Ainda vale dar uma passada no Velho Porto para belas fotos e para conhecer as excurções oferecidas no local, como passeios de barco para ver baleias (esse, nós pulamos).


Voltando pela mesma rua Grande Allée Est, cruzamos o prédio do Parlamento, com obras de arte lindíssimas e um paisagismo absurdamente colorido e de bom gosto. Aliás, toda a cidade, cada janela, cada sacada, cada esquina é infestada de toda variedade de flores nessa época do ano.
Passando do Parlamento, chegamos na parte "noturna" da Velha Quebec, que não é lá uma Lapa, mas oferece muitas opções de bares e restaurantes, todos conservando o estilo antigo das contruções; até mesmo os mais moderninhos como McDonald's e Starbucks mantiveram o padrão arcaico dos prédios.
No dia seguinte, visitamos o velho Forte, onde ficam os famosos soldados que não se mexem e de onde tivemos a melhor vista da cidade.

Para quem não é muito fã de museus tradicionais como nós, dois dias são suficientes para conhecer a cidade. Mas quem pretende visitar os prédios históricos e os museus, é bom reservar mais alguns dias.


domingo, 21 de agosto de 2011

Festival de Balões



O festival de balões é um evento que acontece no Parc Pierre Trahan, tem diversas atividades para crianças, shows de música, performances artísticas, em um grande complexo, cercado de barraquinhas de comidas e bebidas, além de um parque de diversões. Ao lado do complexo, em um gramado enorme, chegam dezenas de caminhões que levam os balões das mais variadas cores e formatos.

A atração principal é a decolagem dos balões, que ocorre duas vezes ao dia, sempre dependendo das condições do vento, do clima e da decisão dos pilotos. Centenas de pessoas cercam o campo de decolagem e acenam para cada balão que sobe, gritam, desejam "bom vôo", como se todos se conhecessem. Os balões sobem a gosto do vento e o céu é tomado por um colorido inesquecível.

Nós resolvemos contratar um passeio em um dos balões e, por azar ou por sorte, nosso piloto resolveu não voar, alegando que as condições de vento não eram muito favoráveis, embora a organização do evento tenha liberado as decolagens. Senhor grizalho, demonstrando bastante experiência, nos explicou, num inglês carregado, que já teve uma péssima experiência ao decolar com o mesmo friozinho no estômago que estava sentindo naquele momento e não iría repetir a experiência. Mas naquele momento, já havia mais de 20 balões no céu e fomos tomados por um sentimento de frustração, apesar de sabermos que ele estava sendo cuidadoso e seguindo sua intuição (ou seu estômago).

Resolvemos recorrer à organização do evento e solicitarmos um outro piloto, já que em meio a tantos pilotos, parece que só o nosso decidiu não arriscar. Já estávamos no limite das decolagens, que têm um horário máximo permitido, por conta do por do sol. Então, um dos organizadores, nos levou em um carrinho elétrico, em uma busca contra o tempo, por um balão onde ainda houvesse espaço para dois passageiros (cada um leva no máximo 6 pessoas). Percorremos o campo todo, todos os balões já estavam com a lotação completa e chegamos a avistar um subindo com somente um passageiro, mas já estava há 10 metros do chão... até que... lá estava o número 22, sendo inflado... era a última opção, já estávamos desiludidos... MAS O 22 SÓ TINHA UM PASSAGEIRO!!! Assinamos os termos de responsabilidade às pressas e lá fomos nós.

A subida de um balão é muito mansa e muito rápida. Lá de cima, só se ouve o barulho do gás impulsionando gradativamente a cesta, cada vez mais alto. Pegamos um por do sol lindo, sobrevoamos plantações de soja, milho, maçãs, abóboras e o vôo durou 35  minutos.
O piloto era divertidísso e quando sobrevoávamos as casas das redondezas, as pessoas acenavam lá de baixo, as crianças corriam para gritar "Bon Voyage!!!" e acompanhavam nosso trajeto, enquanto o piloto cumprimentava todos como se fossem de sua família, pedindo licença para atravessar sobre algumas residências.

Devido às condições climáticas não muito favoráveis, o vôo foi rasante, durante algum tempo. Em muitos momentos, passávamos muito rente ao topo árvores mais altas, provocando choque do cesto com os galhos. Na primeira vez que isso aconteceu, ficamos apreensivos, mas como o cesto nem balançou, relaxamos e aproveitamos o visual.

A aterrissagem foi o único momento tenso, pois a cesta bate no chão algumas vezes antes de estabilizar e todos os passageiros precisam cooperar nesse momento. Mas o piloto passou muita tranquilidade e descemos num campo de uma fazenda cujo dono (assim como todos na região) está acostumado a receber os baloeiros em troca de algum mimo ou pagamento em dinheiro. Esses "mimos" fazem com que todos os fazendeiros da região esperem ansiosamente pelo festival de balões!

Quando achávamos que o passeio havia acabado, percebemos que estávamos um pouco enganados. Naquele "campo de pouso", a família do piloto já nos esperava para recolher o balão e nos levar de volta ao parque. Mas o recolhimento do balão é um show a parte. Um exercício de trabalho em equipe e bom humor, principalmente quando o genro do baloeiro põe-se a rolar sobre a lona, para tirar todo o ar,  facilitando a dobragem. Depois de ajudarmos a guardar o balão, em meio a mosquitos gigantes e à escuridão que se aproximava, entramos na van e seguimos rumo ao ponto de partida porém, uma parada no meio do caminho  para O BATISMO.

O piloto e sua familia montaram uma mesa de pique-nique, abriram um espumante de maçã, sem álcool, fabricado na região e nos brindaram pelo nosso primeiro vôo de balão . Foi a presepada mais inesquecível e divertida da qual já participamos, com direito a corôa de mato e pingadinha de espumante na testa...

No caminho para o parque, conversamos um pouco com a família, super falante e brincalhona, parecia um monte de brasileiros. Os baloeiros geralmente trabalham em família e o clima é de uma fraternidade gratificante. Nesses momentos, a gente agradece por estar nesse planeta, na forma de ser humano.

Chegamos no parque atrasados para a apresentação noturna dos balões que não sobem, apenas são acesos para exposição e o visual no campo com tantos balões acesos é incrível, mas com o vento atrapalhando, a apresentação foi suspensa e os balões recolhidos.

Com isso, fechamos a noite assistindo um pedacinho do show que estava acontecendo, de um artista local, e podemos dizer que foi mais uma experiência inesquecível, não só pelo passeio e pelo evento, mas pelas pessoas que conhecemos, e que nos mostraram como o trabalho e a cooperação em família podem ser agradáveis.

Fica nosso agradecimento ao piloto Daniel Davignon e sua família, e também, mais uma vez à querida Ana Mayerhofer pela dica do evento.




terça-feira, 9 de agosto de 2011

Antes e Depois

No Brasil, não temos estações muito bem definidas, ou seja, uma paisagem  permanece praticamente a mesma durante todo o ano.
Aqui no Canadá, a mudança das estações altera drasticamente a paisagem e temos comparado fotos de alguns locais, quando chegamos (final de inverno) e agora (auge do verão).

Começando pela entrada da casa,  quando o gramado ainda estava parcialmente coberto de gelo e as árvores secas. Agora, a grama está verdinha e as árvores carregadas de vida. 

ANTES
DEPOIS







  


 





O mesmo aconteceu com a paisagem em Nicolet, onde só se via cinza e árvores fantasmas, agora  a grama precisa ser aparada de 15 em 15 dias para não virar um matagal.
DEPOIS

ANTES












ANTES
DEPOIS
Nos lagos, onde era possível pescar dentro do gelo e fazer bonecos de neve, agora são belas piscinas naturais, convidando para um mergulho.






Montreal vista de cima era um cenário cinzento e, mesmo sob sol e céu limpo, a vegetação ainda mostrava os sinais do inverno rigoroso que se passara. Meses depois, parecia que estávamos em outro lugar.
ANTES
DEPOIS











ANTES
DEPOIS
E o que dizer da piscina? Quando chegamos, estava servindo de pista de patinação e refrigerador natural.
Agora, olha como está...