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Shawinigan, Quebec, Canada

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Montreal Biodôme e Estádio Olímpico

O passeio de hoje foi bem estilo turista em Montreal. Quem visita a cidade, não pode deixar de ir lá. É como ir ao Rio e não conhecer o Bondinho ou o Cristo...

Sobre o estádio, não precisamos falar muito. O design é bem interessante e dá um ar futurista à construção. Quem mora em Montreal tem acesso as piscinas, quadras e academia pois é uma área pública. A torre do estádio tem um elevador panorâmico, que leva ao mirante, de onde avistamos Montreal a 360 graus. A cidade, essa época do ano, é bem verde e pode-se perceber o respeito à natureza que se tem por aqui. Vista de cima, só o centro da cidade se destaca com alguns arranha-céus, mas de resto, somente casas e muita vegetação.

Já o Biodome, é uma experiência fantástica pra quem gosta de bicho e natureza. É uma espécie de jardim zoológico, mas os ambientes dos animais são artificialmente reproduzidos. Até o cheiro e o clima da floresta, eles reproduzem. Na visitação, você pode ver os bichos muito próximos e a sensação é que estamos dentro do ambiente deles e não há gaiolas. Claro que elas estão lá, mas de uma forma tão sutil, que parece que os bichos estão soltos dentro de uma enorme cúpula, onde você entra e conhece a casa deles (às vezes é preciso atenção para encontrá-los camuflados entre uma árvore e outra).

A entrada é pela  "Floresta Tropical", com bichos bem conhecidos pelos brasileiros (mesmo assim ainda ficamos bobos quando vemos jacarés, aráras, micos e outros) e faz bastante calor. O segundo habitat simula a vida dos animais do Canadá, com castores, lontras e outros animais aquáticos. Obviamente, a temperatura nesse segundo ambiente é bem mais baixa. A visita passa por um viveiro enorme de pássaros aquáticos (onde algumas surpresas podem cair na sua cabeça) e termina no habitat dos Pinguins, que ficam numa espécie de aquário gigante. 

Ainda tem também o Jardim Botânico e um museu de insetos. Mas estes, ficam para a próxima...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

É moda aqui

A moda aqui é engraçada (para nós, lógico). Sabe quando os gringos caminham no calçadão usando sapato e meia até a canela? Sabe quando eles aparecem usando roupas escuras e pochete? Pois é... aqui é muito comum...

Entre a garotada mais nova, até seus 20 anos, como em qualquer lugar, é possível identificar o padrão: meninos com calças ou bermudas que deixam a cueca aparecer, cabelo de calopsita e aquele tênis da Reef que parece uma lancha. Meninas com calças embaladas a vácuo ou shorts bem curtinhos, além do rímel ultra-mega-super-maxi carregado. Sílios e unhas postiças por aqui são muito usados pelas teenagers.

O que podemos dizer da mulherada mais madura é que não existe um padrão, elas não se prendem às tendências e vemos de tudo. A única coisa que notamos em 98% das mulheres pelas ruas é o penteado descabelado.  Parece que elas acordam, e vão pra rua. Ou então, pedem que a irmã de 4 anos lhes faça um rabo de cavalo e vão trabalhar. Quando usam o cabelo solto, é visível que os cortes são totalmente irregulares, com mechas de cores doidas ou fiapos pra tudo que é lado, pindurados, como se tivessem saído do banho e esquecido de passar um pente. Quando usam preso, o aspecto é tipo "saí de casa correndo e fiz esse penteado com uma mão só porque a outra tava ocupada segurando o meu café" ou " bateu um vento e eu deixei assim". Sei lá... Vez ou outra, aparece uma "pranchada", estilo Priscila do BBB, mas é um pouco raro. 

O comum mesmo é o ar "não me penteio" que a identidade visual das canadenses nos transmite. Até mesmo as celebridades por aqui (aliás, elas que devem ditar essa moda), adotam esse estilo vassoura. E parece que quanto mais liso é o cabelo, mais elas tacam gel, laquê e o escambau, pra manter os arrepiados e as mechas irregulares nos lugares certos, como se tivessem acabado de passear de moto, sem capacete...

Talvez ainda sejamos meio provincianos para ver esse estilo como bonito, mas ainda preferimos o estilo "normal" e descontraído das cabeleiras brasileiras. 



sábado, 11 de junho de 2011

Começaram os Festivais!!!!!



Essa época do ano é muito esperada em Montreal (que fica a 20 minutos de onde estamos morando), pois começam os festivais de música. Esse fim de semana está rolando o LG Crescent Street Grand Prix Festival. A rua é fechada e vários patrocinadores montam barracas oferecendo produtos e serviços ao público. Esse ano, há vários tipos de energéticos com sabores diferentes, água, refrigerante e Baileys sendo distribuídos gratuitamente e claro que nós aproveitamos.
 
O clima do evento é como as festas juninas cariocas. Várias barracas, um palco principal com DJ e atrações, que geralmente são bandas de rock e muita gente. Os bares da rua ficam lotados e servem de camarote para quem consegue um lugar nas mesas. 
Detalhes em: www.crescentmontreal.com/en_crescent_events_grand_prix.htm  
 
A diferença é que esse festival é voltado para a Formula 1, então há vários carros expostos, todos tiram fotos e ficam babando as máquinas e as modelos que são contratadas para chamar atenção, e chamam!
Outra coisa interessante é que tem gente do mundo inteiro. Nunca tíanhamos visto tanto homem de turbante reunido...  E claro que a organização e a educação do povo aqui é algo incomparável ao Brasil. Em compensação, a animação do brasileiro também não se compara à frieza que o público daqui recebe os artistas que se apresentam no palco. Mas tudo bem, eles estão acostumados (por isso que quando se apresentam no Brasil, ficam loucos).

O Festival de Jazz também já começou, mas ainda não passamos por lá. 
Em breve, mais atualizações sobre os Festivais de Montreal...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que saber antes de imigrar

Muita gente tem nos enviado mensagens pedindo dicas, tanto para imigração quanto para intercâmbios, então estamos compilando as questões que são mais abordadas para ajudar um pouco:

Sobre Mercado de trabalho: Como já se sabe, o mercado aqui é vasto e falta mão de obra. Vamos falar um pouco das áreas que atuamos e daquelas próximas ao nosso dia a dia para não passar nenhuma idéia errada.
Na área de Tecnologia, faltam profissionais qualificados. As empresas buscam especialistas e gestores em outros países porque aqui já estão todos empregados e eles só mudam de empresa quando a proposta realmente vale a pena. O que também é difícil de acontecer porque as empresas atuam fortemente para reter seus recursos.
Já na área de Segurança, a cultura é muito diferente do Brasil. Não se vêem guardas nos bancos nem portas giratórias, por exemplo. Mas as empresas atuam fortemente em procedimentos anti-fraude. Um analista de banco, nesta área  por exemplo, ganha em média $20,00 CAN / hora. Há bastante mercado para auditores e especialistas em Segurança da Informação. Mas geralmente são exigidas as duas linguas fluentes (inglês e francês) para atuar na cidade de Quebéc, além do diploma na área correspondente.
Profissionais de nível superior devem ter um pouco de cuidado se pretendem trabalhar aqui, pois a maioria das faculdades brasileiras não são  reconhecidas como graduações suficientes para o nível esperado pelas empresas. Geralmente, o profissional precisa procurar uma universidade daqui e realizar um teste de "equivalência" para adquirir um diploma canadense, antes de sondar o mercado. O que normalmente acontece é que a faculdade solicita que o profissional realize algumas aulas de adequação, antes de condecer o diploma.
Profissionais da área de saúde devem redobrar o cuidado porque aqui não há atendimento privado, salvo para dentistas. Só o governo pode realizar atividades nessa área, então o profissional, além de adequar seu diploma, também precisa obrigatoriamente passar num concurso público. A boa notícia é que faltam médicos também, então se for bem na prova, é vaga garantida.
Profissionais de nível técnico também são bem remunerados pelo mesmo motivo: há pouca mão de obra especializada.
Para quem não é formado, também há bastante opção. As garçonetes, por exemplo, faturam em média $150,00 CAN por dia só em gorjetas. Já ouvimos falar que ser garçon aqui é seguir uma carreira e o que vemos nos restaurantes são pessoas de todas as idades, atendendo muito bem porque sabem que a gorjeta é o que faz valer seu trabalho, pois complementa (e muito) o salário mensal (quando tem). As diaristas cobram, em média, $150,00 CAN por dia e ganha-se muito dinheiro com faxina por aqui.

Sobre os idiomas: Onde estamos morando, em Quebéc, a língua mais falada é o francês, portanto uma boa opção para quem deseja um intercâmbio nesse idioma. O francês daqui é diferente do da França, podemos comparar à diferença entre o português do Brasil e de Portugal. Aqui em Quebéc, se você não fala francês, dificilmente consegue uma colocação profissional, mesmo que seu inglês seja excelente. Mesmo assim, a maioria das pessoas falam bem o inglês e recebem bem os estrangeiros que se comunicam nesse idioma.
Para quem pretende estudar inglês, o melhor local é Toronto, que fica há 6 horas (de carro) de onde estamos.
Podemos dizer que Toronto é a São Paulo canadense. Lá estão reunidos os maiores centros comerciais e as maiores empresas que usam o inglês em seu dia a dia.
Em Montreal (dentro de Quebéc), as duas línguas são oficias, inglês e francês, ideal para quem quer estudar ambas.
Já em Vancouver, a língua oficial, assim como em Toronto é o inglês.
Uma boa dica é usar um benefício oferecido pelo governo do Quebec, que oferece bons reembolsos para quem estuda francês na Aliança Francesa e imigra para cá. Segue o link com maiores detalhes: 

http://www.immigration-quebec.gouv.qc.ca/fr/langue-francaise/pays-depart/liste-ententes.html

Sobre a temperatura: Brasileiro está acostumado com calor, salvo aqueles que moram mais ao Sul. Portanto, o mais recomendável é chegar aqui em abril, quando o inverno já acabou. As temperaturas ainda são baixas, mas agradáveis. Em julho, chega o calor e as temperaturas no alto verão podem chegar a 37 graus! Em outubro, as temperaturas voltam a cair. Em janeiro, é comum ocorrerem temperaturas de -30 graus.
O ideal é ir se adaptando aos poucos porque o inverno daqui é um dos maiores desafios para os brasileiros, em termos de adaptação. Não compre roupa de frio no Brasil, pensando em usar no inverno daqui. As roupas realmente adequadas serão muito mais baratas por aqui.
Ainda vale mencionar que tudo aqui é adaptado ao inverno. As ruas, os shoppings, as casas, os carros... tudo é preparado para neve. Todas as casas têm um canto com armário, cabides e prateleiras onde são postos os casacos, as botas de neve e todos os apetrechos necessário para proteção contra o frio. Até mesmo as academias e os restaurantes possuem esse preparo. As escolas determinam até quando os alunos podem ir de bota e a partir de quando podem ir de tênis... Enfim... dá trabalho lidar com a neve!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Trabalho ou diversão?


Hoje percebemos mais uma diferença entre o Brasil e o Canadá.

No nosso amado país (estou falando do Brasil, só pra não ter dúvidas), a mão de obra é barata e as ferramentas são caríssimas, aqui é exatamente o contrário. Os canadenses preferem se equipar para realizar melhor, mais rápido e se possível eles mesmos (ou por algum brasileiro encostado) o trabalho necessário, pois o que pesa no preço é o profissional, sempre pago por hora.

Quando pediram a nossa ajuda para limpar um terreno de uns 1500m² pensamos imediatamente que ficaríamos a semana inteira nessa tarefa, mas sabe como é, brasileiro não desiste nunca ... Aceitamos ajudar...

Agora vem a grata surpresa. Terrenos de grande extensão, com mato alto, aqui se limpa com trator, é isso mesmo, trator. E não pense que é algo que quase ninguém tenha, encontra-se a venda na maioria das lojas de ferramentas tipo Canadian Tire (nosso Leroy Merlin).

O pé direito controla a aceleração e o freio, a mão esquerda a marcha com 3 posições (frente, neutro e ré), a mão direita o pino de abaixar ou levantar o cortador de grama (usado constantemente para terrenos irregulares) e a mão esquerda a alavanca que define os parâmetros de velocidade (lento com uma figura de tartaruga e rápido com a figura de um coelho). Ahhhhh ... ainda falta o volante, lógico, mas piloto que é piloto controla qualquer brinquedo de 4 rodas.

No fim, achamos que seria uma tarefa cansativa, mas na verdade acabou sendo até bem divertido. Se tivesse mais um trator desse dava pra apostar corrida ou brincar de bate-bate.