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Shawinigan, Quebec, Canada

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Parque Omega

O Parque Omega é um desses parques que você entra de carro e circula no meio do habitat natural dos animais. Há várias áreas para caminhada também, mas os animais mais "badalados" só podem ser visitados de dentro do carro.
A área do parque é enorme e caminhando já se encontram vários veados em busca de cenoura (que é vendida em sacos, por dois dólares no parque). Eles estão tão acostumados com gente que quando vêem pessoas se aproximando, olham logo pras mãos dos visitantes, em busca de rango. Alguns até entram na frente dos carros para mostrar que querem ganhar agrados dos turistas.
Como todo bom parque canadense, não poderia faltar um belo e majestoso lago, cercado de muito verde. Mas neste, também há trutas que se dão muito bem com gente, já que a ração fica a venda por vinte e cinco centavos, cada punhado, e a margem do lago fica cheia de pessoas tacando comida para os peixes.

De carro, vimos enormes veados e renas, com galhos gigantescos e imponentes. O que eles têm de grandes, têm de assustados. Os filhotes são mais ariscos, mas com paciência eles acabam vindo comer na nossa mão. Experiência interessante lidar com esses bichos, já que no Brasil, não vemos esses animais nem em zoológicos.
Na área onde é autorizado alimentar os animais, ainda cruzamos com javalis, porcos, patos selvages, cervos e íbex (aquele bicho símbolo do sígno de capricórnio, super enfezado, diga-se de passagem). Esse último queria briga com o carro e tivemos que acelerar pra salvar a lataria.
Dentro do parque, há uma fazenda, onde é possível chegar, alugando um daqueles carrinhos de golf, por vinte dólares a hora. Alguns dos animais de fazenda também são comuns no Brasil, mas adoramos esse contato. Eles tem touros gigantes e lhamas que também são doidas por cenouras. Há um cercado, onde as crianças podem tocar as ovelhas e claro que nós entramos lá... Ainda há um galpão com cabras, bodes, bezerros, perus, galinhas, cavalos, burros... enfim, fazenda pra ninguém botar defeito.
A casa original de madeira foi conservada e todos os móveis também são feitos de madeira, o fogão é a lenha e há uma grande maquete mostrando como fica a paisagem da fazenda, de acordo com cada estação do ano. Aqui as estações são visivelmente diferentes na natureza, o que não acontece no Brasil.

Voltando de carro, passamos pelo campo onde ficam os búfalos, que não podem ser alimentados por motivo de segurança. Passando dos búfalos, cruzamos com raposas, lobos e coiotes. Dá vontade de levar um pra casa porque parecem cachorrinhos de estimação.

No final, o mais esperado do dia: ursos. Como passar uma temporada no Canadá e não ver um ursinho sequer??? Bom, eles são enormes e desengonçados. Não dão muito ibope pro público, até que alguém resolva ignorar as regras e jogue algum petisco. O show é garantido. Vimos muitos ursos ainda trocando o pelo de inverno para o de verão, dá a impressão de que eles têm um cobertor marrom nas costas.

Claro que em um bom parque não pode faltar a lojinha de souvenirs, onde passamos algum tempo escolhendo quem merece ganhar lembrancinhas.

Antes de voltarmos para casa, passamos pelo Chateau Montebello, para um cafezinho. Esse hotel é magnificamente todo construído em madeira, assim como todos os móveis e decoração. O complexo fica de frente para um rio, onde há uma marina e a paisagem é deslumbrante.

Dia maravilhoso.
Fica nosso agradecimento aos queridíssimos Johann e Ana Mayerhofer pelo passeio e pela paciência com o nosso inglês atrapalhado.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sobre parques

Uma de nossas maiores felicidades é estar perto de natureza e por aqui, a quantidade de áreas preservadas é convidativa. Estamos cercados de belos parques naturais, com muitos lagos e bichos que não vemos no Brasil, como esquilos, patos selvagens e guaxinins. Pra quem adora bicho e verde, um prato cheio.

Além de estudar, o que mais temos feito tem sido conhecer esses parques e fazer exercícios pelas pistas e ciclovias que levam a bosques e cenários dignos de filmes hollywodianos.

O Parc-du-Rois (Parque dos Reis) foi o primeiro que conhecemos e o mais próximo de onde moramos. O acesso é através da ciclovia que começa na rua e entra bosque a dentro. Há muito desnível de pista, bom pra botar dificuldade na corrida e é possível ouvir o riozinho que corre entre as árvores. Quando chegamos, estava repleto de neve e a paisagem era desoladora e calma. Agora, está cheio de cores e muito movimentado.

Se seguirmos a ciclovia até o final, entramos na Trans Terrebonne, uma pista dentro de um bosque maior, que cruza a auto-estrada e passa por um condomínio de mansões. A pista ainda atravessa um campo imenso de mato alto e passa num lago, cheio de pato, até chegar num bebedouro natural. Ainda não passamos desse ponto, onde já se alcançam 11km de corrida, por termos que voltar pelo mesmo trajeto, ou seja, mais 11km. Nesse local, o Daniel está treinando para a maratona de Montreal, então é provável que ainda descubramos o que há depois do bebedouro...
Há 6km de onde estamos, ainda tem o Parc-du-Souvenir (Parque da Lembrança), onde há uma ponte sobre uma represa que deixa a paisagem com cara de cinema e protege um tipo de peixe que só existe em poucos lagos do Quebec. Pessoas pescam por lá, além de ser outro bom local para corrida e bicicleta. Nesse parque não é permitida a entrada de cães. Há uma sorveteria e espaço para shows de música que podem ser apreciados gratuitamente. Quando fomos, havia uma exposição de fotografias sobre "As coisas boas de Terrebonne", bem interessante. A biblioteca pública também fica nesse parque.

Conhecemos também o Parc Lafontaine (Parque a Fonte), que fica no centro de Montreal. Esse é um pouco mais urbano. As pessoas pintam paisagens, levam instrumentos e se agrupam pra ouvir música ou levam o próprio rádio e fazem performances tipo break americano com patins, penduram sua rede na árvore pra tirar uma soneca depois de comer o seu pique-nique... Mais comum mesmo, é gente lendo numa sombrinha ou pegando um solzinho com seu cachorro. Esse parque tem uma área reservada para os cães poderem brincar. Reparamos que também há uma área frequentada especificamente pelo público gay. O parque é cercado pelo comércio, albergues, hotéis e é frequentado por todo tipo de figura. Gente pobre, gente rica, com ou sem criança, com ou sem roupa (praia de canadense é parque), relaxando ou se exercitando... bem democrático.

Para quem  quer apreciar a cidade de cima, o Parc Mont-royal tem um mirante lindo, de onde pode-se ver o Estádio Olímpico de Montreal e as pontas das igrejas, que têm uma arquitetura muito bonita, além do por do sol e dos guaxinins que brincam com os visitantes (já publicamos um vídeo dessas figurinhas).

Ainda temos várias dicas de quem mora aqui, dos parques que ainda não visitamos, como Sainte-Anne-de-Bellevve, Vieux Terrebonne, Centre de la Nature ... Tomara que dê tempo!!!




quarta-feira, 6 de julho de 2011

Festival Internacional de Jazz

Apesar do público chegar a 25 mil pessoas e não haver muitos banheiros químicos espalhados pelas ruas, não se vê nem sinal de "mijões" pelos cantos. Claro que você, brasileiro, morador do Rio, vai argumentar que não se pode comparar a organização de um festival de jazz em Montreal à organização de um bloco de carnaval no Rio. E obviamente, nós, brasileiros, moradores do Rio, vamos concordar que falta estrutura pra suportar carnaval no Rio sim e que a prefeitura é a maior responsável por isso. Mas, raciocina, pensa nesse cenário: 
  • 25 MIL pessoas.
  • Bebendo. 
  • Na rua. 
  • Se divertindo. 
  • Sem banheiro suficiente. 
E aí? Estamos falando de bloco no Rio ou festival em Montreal? 
O cenário vale para os dois eventos, não é mesmo? A educação poderia valer também...
Claro que há várias questões envolvendo esse tema como educação, política, diferenças culturais e inúmeras discussões que não valem entrarmos no mérito. Mas uma coisa é fato: cada indivíduo, cada cidadão é responsável pela sua atitude, não o governo.

Sobre o festival...

Podemos dizer que a educação do povo por aqui é inversamente proporcional à empolgação com os shows. Tudo bem que jazz é um estilo pra se ouvir, contemplando, sem muito "uhu!!"... mas há diversos grupos que tocaram aqui e levantariam poeira se a apresentação fosse para um público brasileiro. Por aqui, o máximo que se pode esperar são aplausos tímidos e um respeito muito grande pelos músicos. Parece que o público tem medo de atrapalhar a banda... 

O esquema de segurança é muito interessante. Onde as ruas são interditadas, seguranças "revistam" as pessoas que acessam o complexo de shows para evitar entrada de armas, drogas e bebidas, já que a venda de bebidas é um dos fundos que sustentam o festival, que é gratuito. Também não é permitido sair do perímetro do evento consumindo bebida alcoólica, mas aí por conta da legislação do Quebéc.

Falando das performances, vimos um pouquinho de tudo. Os grupos que se apresentam são muito variados e tocam desde o mais genuíno jazz até um rock and roll meio country, com direito a bota e chapel de cowboy, passando por ritmos latinos, africanos e indianos. Pelos palcos secundários, vimos conjunto improvisando música para trilha de filme de suspense, conjunto tocando acústico com instrumentos meio barrocos, performances de acrobata, flautista dando uma de encantador de ratos, e todo tipo de gente assistindo. 

Tivemos a alegria de conhecer o show da Susie Arioli. Não ficamos para ver o show inteiro, mas já valeu ter conhecido um pouco do seu repertório. E nada de "Uhu!" no fim do video, apenas aplausos. :)

http://www.youtube.com/watch?v=ssxZJi92i_k

Resumindo, não há filas para comprar bebidas nos diversos quiosques espalhados pelo evento. Existem mesinhas para se comer seu cachorro quente confortavelmente. Não há nem fila para os poucos banheiros que vimos. Não há empurra empurra pra ficar mais perto do palco, nem gente caindo bêbada pelos cantos. Os restaurantes, apesar de cheios, dão conta do aumento do público. Não se vê lixo pela rua, nem briga. E ainda pode-se dizer que a qualidade do som é muito boa (o que é muito difícil em shows ao ar livre). Não enfrentamos engarrafamentos, nem dificuldades de estacionamento. Se fôssemos fãs de jazz, poderíamos dizer que é um evento perfeito.

Mais uma experiência inesquecível ...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cassino de Montreal - Canadá

Depois de Las Vegas, já sabíamos que dificilmente teríamos uma experiência parecida aqui em Montreal, mas assim mesmo vale a visita.

O Cassino de Montreal é muito bonito, mas o local não possui um hotel, shows ou outras diversões. O ambiente é muito sério, que é uma marca dos Canadenses e dos imigrantes que moram por aqui.


O local está constantemente em obras para troca de carpetes e modernização, mas você dificilmente irá perceber. As paredes temporárias estão muito bem pintadas e se camuflam bem ao ambiente.

Uma cena engraçada foi ver um velhinho na cadeira de rodas jogando máquinas caça-niqueis, apertando o botão com a bengala. Vimos também muitos orientais, muitas vezes jogando em duas máquinas ao mesmo tempo.

Como de costume, jogamos a boa e velha roleta. Noite bem legal, na companhia do Flavio e do Francis que é quem mais sofre com nosso inglês quaaaaaaaaaaaaaaase perfeito.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Niagara Falls

Fomos finalmente conhecer Niagara Falls!! O melhor de tudo é que não esperávamos que a cidade fosse tão linda e houvesse tantas atrações turísticas.

Chegamos lá à noite e ficamos surpresos com a quantidade de bares, lojinhas, casas do terror, mini golfs, cassinos, museus (dos criminosos, do guiness book, de cera, etc), parques, passeios e tanto movimento... O local tem diversão para todas as idades, muito legal. À noite, as cataratas são iluminadas com cores e o visual é muito lindo.

Durante o dia, vale visitar a Roda Gigante, o mini-golf de dinossauros ao ar livre, e o observatório. Lá de cima, é possível ver a cidade a 360 graus e uma parte dos EUA. A subida é por um elevador panorâmico e quem quiser, pode almoçar por lá mesmo, contemplando a vista exuberante!

Se você planejar as atrações que vai visitar, consegue um bom desconto comprando um pacote fachado e ganha um crachá de "passe-livre". Dos passeios pagos, subimos no observatório, jogamos mini-golf psicodélico (Flavio foi ensinando as regras, foi bem legal), demos tiros em bonecos que se mexem, reclamam e jogam água quando você os acerta, e andamos na roda gigante que é uma das melhores vistas das cataratas, bom pra tirar fotos (não recomendado pra quem tem enjôos, é bem alto e balança um pouco).

Ainda tem o parque das baleias (orcas e belugas) que é junto com um parque aquático, mas deixamos para o último dia, estava bem cheio e o ticket custa mais de 40 dólares canadenses, resolvemos não entrar.

Não deixamos de dar uma passadinha no cassino e saímos com saldo positivo (de novo)!

A 30 minutos de carro da cidade, chegamos em Niagara-on-the-lake, uma cidade vizinha em Ontario, onde fica uma das paisagens mais lindas que já vimos. Um lago tão grande que não se enxerga a margem do outro lado. Muito verde, muitas flores, muitos pássaros e muito silêncio. Para cada lado que se olha, encontra-se uma obra de arte natural. Depois de conhecermos o lago, almoçamos na cidade que é bem acolhedora, e lembra muito Campos do Jordão.

No retorno a Quebec, pegamos um transito infernal, daqueles tipo Região dos Lagos no feriadão, mas valeu a pena, gostamos muito do passeio.