É mesmo muito engraçada a maneira como as pessoas passam pelas nossas vidas. Entre dezenas de cursos que pesquisamos aqui no Quebec, nos deparamos com um professor particular que passou muita confiança sobre seu método de ensino durante a primeira entrevista e, pelo preço, aliado aos nossos objetivos, foi o escolhido. Nunca poderíamos imaginar que esse cara seria um professor de inglês e de vida.
Durante 5 meses, conhecemos um pouco da vida dele e ele, da nossa. Nossa preferência era gastar o tempo de conversação, falando sobre as diferenças entre Brasil e Canadá, e vê-lo se divertir com nossas histórias sobre carnavais, lugares maravilhosos, personagens da nossa política e da nossa mídia, as artes, os costumes brasileiros... tanto que ele não vê a hora de conhecer o Rio de Janeiro.
Durante 5 meses, conhecemos um pouco da vida dele e ele, da nossa. Nossa preferência era gastar o tempo de conversação, falando sobre as diferenças entre Brasil e Canadá, e vê-lo se divertir com nossas histórias sobre carnavais, lugares maravilhosos, personagens da nossa política e da nossa mídia, as artes, os costumes brasileiros... tanto que ele não vê a hora de conhecer o Rio de Janeiro.
Descobrimos nesse cara uma força e uma energia muito inspiradora. Afinal não é qualquer um que, aos mais de 60 anos, corre maratonas, pratica triátlon, superou três cirurgias contra câncer, foi consultor de negócios de grandes empresas, deu aula pra todo tipo de gente, inclusive traficantes de crianças, investigadores do governo, psicólogos de pedófilos, presidiários, árabes, chineses, franceses, indianos... e ainda mantém, além do curso de inglês e francês, uma instituição especializada em novas idéias, através da qual, presta consultoria para inventores e empresários do Canadá e EUA.
Diante de todas as figuras com as quais ele já se deparou na vida, nosso primeiro encontro foi uma experiência engraçada para ele, e que só fomos saber meses depois de iniciado o curso.
Acontece que quando chegamos, não tínhamos segurança de falar em inglês por telefone, então todas as ligações eram feitas pelo pai do Daniel, que marcava nossas entrevistas com os cursos. E sempre íamos para as entrevistas acompanhados de alguém, afinal, não conhecíamos nada por aqui. Calhou de conhecermos nosso professor acompanhados do irmão do Daniel, que é fluente em francês e inglês e poderia nos dar uma forcinha com a conversa.
Alguns meses depois, nosso professor nos contou que achou que nos fôssemos da MAFIA LATINA.
Imagine a situação. O cara recebe a ligação de uma pessoa para agendamento da entrevista para um terceiro. Esse terceiro chega acompanhado de seu irmão (nada comunicativo) que é brasileiro, mas mora no Canadá. Esse mesmo terceiro é canadense, mas mora no Brasil e não fala inglês, nem francês. Na hora de pagar, ele prefere pagar tudo em dinheiro vivo, porque não tem conta corrente no Canadá, nem cheque. Quando pergunta qual é a profissão de seus futuros alunos, descobre que a esposa do cara trabalha com segurança e eles precisam voltar em 6 meses... Eles conversam em português entre si, durante a entrevista e quando ele pergunta ao irmão sobre o que o casal estava falando, ele responde: “Ela sabe atirar”... Bem... Ele pensou: “Quem serão essas pessoas? Serão traficantes de drogas, trazendo seu cartel para Quebec?”... Passamos muito tempo rindo disso, muito mais pelas caras e bocas do professor e da sua grande vocação para comediante, do que pelos fatos em si. Ele também tentou ser comediante quando mais jovem, mas se apaixonou primeiro e acabou não engajando-se nesse objetivo por conta do primeiro casamento, mas isso já é outra história...
Imagine a situação. O cara recebe a ligação de uma pessoa para agendamento da entrevista para um terceiro. Esse terceiro chega acompanhado de seu irmão (nada comunicativo) que é brasileiro, mas mora no Canadá. Esse mesmo terceiro é canadense, mas mora no Brasil e não fala inglês, nem francês. Na hora de pagar, ele prefere pagar tudo em dinheiro vivo, porque não tem conta corrente no Canadá, nem cheque. Quando pergunta qual é a profissão de seus futuros alunos, descobre que a esposa do cara trabalha com segurança e eles precisam voltar em 6 meses... Eles conversam em português entre si, durante a entrevista e quando ele pergunta ao irmão sobre o que o casal estava falando, ele responde: “Ela sabe atirar”... Bem... Ele pensou: “Quem serão essas pessoas? Serão traficantes de drogas, trazendo seu cartel para Quebec?”... Passamos muito tempo rindo disso, muito mais pelas caras e bocas do professor e da sua grande vocação para comediante, do que pelos fatos em si. Ele também tentou ser comediante quando mais jovem, mas se apaixonou primeiro e acabou não engajando-se nesse objetivo por conta do primeiro casamento, mas isso já é outra história...
Depois de 5 meses o chamando de Garry Nollan, descobrimos semana passada, durante um agradabilíssimo jantar de despedida, que o nome correto é Gary Nolan. Ele esperou até o último momento para nos corrigir, provocando mais gargalhadas.
Estamos muito satisfeitos com os resultados do curso, não só pela evolução com o idioma, mas por tudo que aprendemos sobre relações humanas, preconceito, evolução, política, negócios, humor, o que é fácil, o que é difícil, convivência, religião, cultura... peculiaridades da humanidade... tudo isso estava incluído no pacote e não há preço que pague.
Obrigado, Gary Nolan. Nos veremos em breve, quando você visitar o Rio.