Autores:

Minha foto
Shawinigan, Quebec, Canada

domingo, 23 de fevereiro de 2020

7 coisas pra NÃO fazer no Quebec


1 - Fungar

Fungar é sinônimo de engolir catarro. Nojento assim. Mal visto.
Mesmo que o nariz passe o dia escorrendo por causa do frio. Entenda o nível  da repugnância. Fungar é algo  detestável aqui.
Em contrapartida, usar lenços de papel e fazer um mega barulho de buzina de navio para limpar o nariz sim, é tolerado e correto.
Perceba : colocar as secreções para fora : SIM. Colocar secreções para dentro: NÃO.
Por isso, você sempre vai observar caixas de lenço de papel no trabalho, no carro, nas lojas, nas casas, nos estabelecimentos em geral.
Faça bom uso.

2 - Entrar na casa do amiguinho com sapato

Por favor não. Não faça isso. Tire o sapato para entrar. Apenas tire, não pergunte.
Se realmente não for necessário, o anfitrião vai dizer.
No inverno, isso também se aplica nas clínicas, academias, salões de beleza e vários estabelecimentos que recebem certa quantidade de gente por dia e deixam pantufas descartáveis disponíveis para o pessoal.
Como a prática é absolutamente indiscutível no inverno por causa da neve, sal, produtos em geral que o calçado de neve carrega pra dentro de casa,  acabamos mantendo o costume o ano todo quando visitamos alguém.
Portanto, antes de sair de casa, veja se a meia não está furada.

3 - Cumprimentar com beijo

No trabalho, NUNCA. Aperto de mão, por favor.
Se estiver gripado, nem aperto de mão!!!! Peça desculpas, avise que está gripado e acene  de longe, pelo menos 2 metros da pessoa.
Depois de alguma intimidade, um beijo em cada bochecha, oferecendo o lado ESQUERDO do rosto.
No Brasil, geralmente começamos com o lado direito do rosto, então já dá pra presumir que muitas bitocas na boca ocorrem acidentalmente.
Recomendo esperar ver pra que lado a outra pessoa vai e seguir o fluxo.
Estamos aqui há 3 anos e ainda dou cabeçadas…

4 - Repreender crianças energicamente

Não ouse levantar a mão para seu filho em público (também não entenda que em casa é permitido, convenhamos).
No Brasil, ainda vemos palmada, puxão de orelha, beliscão etc como as boas e velhas técnicas de educação infantil (sarcasmo).
Se uma pessoa agride uma criança, o cidadão que estiver presenciando a cena pode chamar a polícia. E, acredite, ela aparece.
Veja bem, nenhum julgamento aqui em relação às técnicas que cada pai/mãe utiliza na nobre missão de educar crianças. Mas se você perpetua as tradicionais técnicas de seus avós, sugiro atualizar seus métodos quando vier ao Quebec.

5 - Não dar gorjeta

Muitas profissões têm a gorjeta como  salário principal. Normalmente no ramo de serviços como garçons, motoristas de taxi, profissionais de estética, etc. Não dar a gorjeta é ultrajante, é como realmente não pagar pelo serviço. Esteja atento.

6 - Jogar papel higiênico na lixeira

Nãaaaooo!!!!!
Nossas tubulações no Brasil em geral não são preparadas para receber papéis higiênicos, que por sua vez, não dissolvem de maneira eficiente na água… isso nos faz jogar os papéis usados nas lixeirinhas do banheiro. Não é o caso aqui.
Se bater aquela dor de barriga na casa de um « quebeco », o papel vai para a privada. Não se preocupe, ela não vai intupir por causa disso e assim,  seu amigo não vai  achar que você é porco e mal educado por « sujar » a lixeira dele.

7 - Ir à urgência médica se não for urgente

As opiniões sobre o sistema de saúde do Quebec são controversas, não vou entrar neste mérito.
Você basicamente precisa saber que se for à emergência de um hospital público por causa de uma dor de garganta, vai precisar levar marmita, travesseiro, um telefone com pacote de dados e bateria.
Se você não tiver uma fratura exposta, um AVC, uma tripa saindo pelo ouvido ou ebola,  acredito que um farmacêutico poderá te ajudar. Vá à farmácia.



domingo, 10 de dezembro de 2017

Sobre procurar emprego

Procurar recolocação não é fácil no nosso país, imagina fora dele.
Não foi fácil, demorou mais do que eu esperava, enviei quase 150 CVs, fiz mais de 20 entrevistas, seja por telefone, por skype, triagens e pessoalmente.
Vou contar um pouco da minha busca, com o objetivo de compartilhar a experiêcia com quem está na mesma jornada ou pretende embarcar nessa (e também atualizar os fofoqueiros).

A preparação
Quando cheguei no Quebec, a idéia inicial era estudar francês por seis meses e, com uma base funcional do idioma, iniciar a procura por trabalho. Mesmo assim, desde o primeiro mês, me cadastrei em vários sites de emprego para entender a necessidade do mercado, o nível de qualificação exigido e, principalmente, tentar começar a trabalhar em ambiente aglofonico. Essa não foi a melhor estratégia. Então já deixo a primeira dica: domine o idioma local. Encontrei onde eu pudesse trabalhar falando só inglês? Sim, porém com salário bem baixo e completamente fora do meu campo de experiência.
Passei aproximadamente 5 meses me inscrevendo em vagas  como : revisor /tradutor de jogos, atendimento a cliente de empresas do ramo de turismo, internet, ensino de idiomas… posso afirmar que o contato com cada uma dessas empresas foi primordial para conseguir uma base de conhecimento que me permitisse responder bem ao padrão de entrevista canadense. Dito isso, segunda dica: faça entrevistas. Atenda todos os chamados, mesmo que você não tenha muita certeza de que aceitaria uma proposta daquela empresa. Fazer entrevista enriquece sua agilidade de resposta. Ver tutoriais, textos, vídeos, blogs, consultoria… tudo isso ajuda  E MUITO,  mas nada prepara mais do que a prática. Todas as frustações e "nãos" que recebi foram importantes para meu aprendizado.

Feiras de emprego
Conheci aqui as feiras de emprego. Pense numa feira mesmo, com stands apresentando seus produtos, no caso, vagas. As feiras são interessantes e passagem obrigatória pra quem está na busca. Mesmo que nenhuma vaga exposta seja interessante (o que é quase impossível), o contato pessoal transmite miuto mais sua mensagem e demonstra a vontade e disposição do candidato, afinal é muito mais cômodo se inscrever pela internet. As feiras sempre têm um site no qual você pode consultar as empresas e vagas disponíveis, então a principal dica é: aplicar pela internet antes de ir e depois entregar o CV pessoalmente na feira. Isso causa boa impressão e ainda possibilita conhecer o recrutador, provocar uma empatia, destacar-se perante a concorrência!

Defina seu objetivo profissional
A gente escuta muito quem quer imigrar dizer que vai trabalhar com qualquer coisa. Eu disse isso algumas vezes. Isso é perigoso. Ter a mente aberta para qualquer coisa é importante, mas atirar para todos os lados não é legal. Não funcionou comigo. No decorrer de minha procura, estive em duas feiras de emprego. Na primeira, eu não estava certa do que queria fazer, estava aberta a tudo. E quando me perguntavam qual era meu objetivo, eu dava respostas evasivas. Conclusão : zero retorno. Na segunda feira que fui, já estava mais estruturada e sabia exatamente o que estava buscando. Conclusão : dois processos seletivos, duas propostas de emprego e admissão na empresa onde trabalho hoje.

A entrevista
Depois de muito estudar e me preparar para as trocentas entrevistas que fiz aqui, posso dizer que poucas são as empresas que não seguem um protocolo padronizado, quase que petrificado de entrevistas. Todos perguntam mais ou menos as mesmas coisas. Mesmo que, na segunda pergunta, o entrevistador identifique que o candidato não tem mais chances de seguir no processo, ele vai seguir com todo o questionário de 388 perguntas previstas. Isso quer dizer que se você selecionar as perguntas padrão na internet, já vai ter uma base para se preparar. Se responder mal no início, tem chance de ir se recuperando no decorrer da entrevista. No Brasil, temos a duração da entrevista como um termômetro de nossa chance de admissão (quanto mais demorada, mais interesse do contratante). Aqui, esquece isso.
O conhecimento sobre a empresa também é muito importante. O entrevistador sempre vai querer saber qual é o seu nível de conhecimento sobre o produto, serviço ou área de atuação da empresa e é aí que mora outro perigo : ser imigrante pode ser um obstáculo para esse conhecimento, consequentemente, ponto de decisão para uma eventual  eliminação num processo. Informar-se sobre a empresa onde você quer trabalhar é básico. Considerando que você está concorrendo com nativos, a informação precisa ser profunda e você precisa conhecer a empresa tanto ou mais do que os outros candidatos se quiser ter chance.

Preconceito
Não passei por isso. Pelo menos, não senti que tenha passado. Sempre me coloquei no lugar do contratante e entendo que, para determinadas vagas a penetração e conhecimento no mercado local podem ser características determinantes no perfil do candidato e, no final, entre um imigrante e um nativo, ambos com o mesmo preparo e competências, logicamente o nativo terá preferência à vaga. Imaginemos uma vaga de vendas ou de prospecção de novos negócios: um nativo com uma carteira de clientes e network local terá vantagem sobre um imigrante que deverá construir essa base do zero. Isso não pode ser confundido com preconceito. Empresas contratam o profissional mais preparado para a vaga. Gente preconceituosa existe em qualquer parte do mundo, claro. Vai ter contratante que vai preferir os nativos sem ver as competências? Sim, mas isso não é uma constante.
Minha opinião é que pode sim existir um preconceito velado e uma preferência aos nativos, mas o país padece de mão de obra e não se  permite esse tipo de seleção. Só opinião…

Subemprego
Falando em preconceito… essa coisa de subemprego não é vista dessa forma aqui. Brasileiros tem essa coisa de "taxar" determinadas profissões como subemprego por conta, na verdade, do "subsalário". Infelizmente, ganhar salário mínimo no Brasil, não é sinônimo de qualidade de vida. Eu não estou falando de casa na praia, carro do ano e duas viagens internacionais por ano. Estou falando de um aluguel justo, transporte e educação públicos, segurança e compras do mês. O básico. Sabe por que aqui não tem essa coisa de subemprego? Porque o salário mínimo garante uma qualidade mínima de vida.
Muito comum ver os adolescentes começarem suas vidas profissionais em empregos de meio período, conciliado com a escola ou faculdade, nos caixas de supermercados, cuidando de crianças, cortando grama da vizinhança, atendendo no Subway, McDonalds… Muito comum também que o faxineiro do metrô ou o garçon da pizzaria passe o fim de semana na casa de lago da familia. O preconceito que paira sobre algumas profissões é definitivamente uma coisa muito nossa (de brasileiro) e que não pode imigrar com você.

Superqualificação
Por ter perdido uma oportunidade de emprego pelo motivo de estar "super qualificada" para a vaga, resolvi concluir o post com esse tema. Eu via postagens no Linkedin de profissionais, em tempos de crise sendo eliminados de processos  por estarem super qualificados e pensava que isso não podia ser real… até acontecer comigo. Quando a gente imigra, normalmente está disposto a retroceder na carreira como uma forma de facilitar a recolocação. Se esse for o objetivo, recomendo adaptar bem o CV, cortando informações que possam indicar a super qualificação. Não estou estimulando a mentira! Veja bem… a gente realmente se pré-dispõe a dar um passo atrás porque fica mais fácil conciliar a adaptação e a integração no novo país com uma atividade profissional de menos responsabilidade. Essa estratégia pode funcionar, mas pensa só: poucas empresas querem correr o risco de colocar um ex-gerente para realizar serviços de assistente, e depois de 3, 4 meses, quando ele estiver integrado e seguro, encontra outra oportunidade, equivalente ao seu nivel de carreira e deixa a empresa... é um risco legítimo. Mas também entendo quando o imigrante tem dificuldade de se recolocar por falta de "experiencia local". Esse aliás, foi o motivo que me eliminou do primeiro processo seletivo que participei aqui.
Depois que decidi o que realmente queria, passei a aplicar para vagas de menos responsabilidade, com CV adaptado, ainda assim, ao aplicar para a empresa onde trabalho hoje, o retorno foi para uma outra vaga, quase equivalente ao meu nivel de carreira no Brasil. Ou seja, a questão da qualificação é levada muito a sério.  Se você tem um diploma universitário, dificilmente será convocado para vagas que só exigem o ensino médio. Isso não tem nada a ver com o fato de ser imigrante, mas sim com a garantia de que o investimento naquele candidato vai compensar.
Minha opinião quanto a tentar vagas de menos responsabilidade e dar um passo atrás é: sim, é autêntico, desde que o objetivo seja crescer dentro da própria empresa. Acho que "arrumar qualquer coisa para depois procurar  coisa melhor  em outra empresa, em outro campo" não soa ético e pode prejudicar a imagem do profissional. Pensava diferente no inicio, mas depois de erros e acertos, mudei de visão.
Mas... é apenas uma opinião.

Muitos outros aspectos ainda poderiam entrar aqui, mas acredito que estes tenham sido os mais marcantes na minha procura. Espero ter ajudado! 

terça-feira, 24 de outubro de 2017



As surpresas da vida numa cidade tranquila e cercada de natureza... literalmente!



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Um pouco da rotina na neve


Cansativo e muita gente reclama...
No auge do inverno, a gente meio que acostumou.

Um pouquinho da rotina para quem estava pedindo videos! 



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Onde ir em caso de conjuntivite: ótica!



Acordar com conjuntivite. Oh... praga!
Ok, pega um colírio que usou da outra vez e aplica. No dia seguinte... alergia ao colírio... afff... 

Pois bem, já era de nosso conhecimento o fato de que as especialidades clínicas aqui no Canadá não funcionam como no Brasil. Se você amanhece com conjuntivite no Brasil, pede indicação de um Oftalmologista “prazamiga”, que aceite seu plano (caso você tenha o privilégio de ter um) e agenda uma consulta ou... procura o atendimento 24h mais próximo. Aqui no Quebec, não. Mesmo que você saiba que precisa ser atendido por um especialista, antes deve passar pelo conhecido “médico de família”, que corresponde ao nosso clínico geral. O médico de família vai avaliar e, se necessário (ou seja, se ele mesmo não puder resolver), ele emite uma indicação para o especialista. 

Mesmo nos casos mais óbvios que a gente recorre direto ao Ginecologista, por exemplo... aqui não, amor! Primeiro vai mostrar a pepeca para o médico de família, se ele achar que deve, você mostra para o ginecologista também!

Resolvi ir numa clínica especializada em 
oftalmologia para me informar. Chegando lá, a recepcionista logo perguntou se eu tinha a indicação do médico e, como eu não tinha, ela me encaminhou a um Optometrista, especialidade que eu desconhecia e não entendi bem de quem se tratava, já que não era o médico de família nem o oftalmologista. Mas para minha maior surpresa, o local de atendimento era em uma ótica. Então fiquei sabendo que, dentro da maioria das óticas, há o responsável por medir o grau das pessoas que vão comprar óculos, e ele também presta atendimento nos casos de conjuntivite, sem necessidade de encaminhamento a um oftalmo (se o caso estiver dentro da área de abrangência da optometria).

Quanto aos valores, como ainda não tinha meu seguro válido, paguei pela consulta e pelo exame de pressão, que foi feito na hora, custando tudo CAN$ 90,00.
Para comprar os colírios, ambos antibióticos, uma pequena burocracia. No Brasil, você apresenta a receita, pega o remédio, paga e vai embora. Aqui, o farmacêutico normalmente quer conversar e repassar as instruções que você já recebeu do médico. Além disso, grande parte dos remédios é preparada na hora, então senta e espera. Para fechar, tudo que você compra, fica registrado num dossiê, que pode ser acessado em qualquer farmácia da rede (ainda não sei a abrangência desse dossiê – se é também acessível aos médicos e outras redes de farmácia – mas honestamente, não tive curiosidade de pesquisar).
10 dias depois, olhos curados e vida que segue!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Resiliência




O corpo se adapta. Esse é o resumo desses dois meses e meio e seria a resposta mais completa para o que todos nos perguntam: como estão se adaptando ao frio?  Sempre a primeira pergunta de qualquer conversa com quem está no Brasil: tá muito frio aí?


Quando saímos do Rio, a temperatura girava em torno de 35 graus e aqui já estava em torno de -3. Ainda não tinha nevado e o frio que se sente nessa transição brusca é de doer o osso. Nossa tentativa frustrada de mudança durante o verão Canadense seria a melhor maneira de adaptação ao clima e no fim deste post, ficará claro o porquê. Devido a circunstancias do processo de imigração, em conjunto com nossas condições profissionais e financeiras, nossa viagem de mudança coincidiu com o início do inverno Canadense, quando as temperaturas são bem agressivas para quem mora no Brasil, especialmente no Rio.
 

O nariz sangra, a alergia ataca, a pele resseca, o cabelo cai, a unha quebra, o lábio racha... Como já sabíamos de tudo isso, nossa farmacinha estava bem municiada de soro, antialérgico, hidratante de pele e cabelo, tratamento de manicure, e muita, mas muita manteiga de cacau... a mudança brusca de temperatura ainda vem acompanhada da diferença de umidade do ar. Como os ambientes fechados são todos climatizados, aquecidos, o ar fica muito seco, com isso, os umidificadores de ambiente também foram agregados a todas as quinquilharias de adaptação.


Começa a nevar. Eh! Vai ter natal com boneco de neveeee!!! Realmente, natal com neve é delícia. Lareira, pinheiros naturais, casas iluminadas, uma fofura só. Mas a neve vem acompanhada de alguns brindes e quem não tem ideia do dia a dia de quem vive na cidade nevada pode se decepcionar muito com o clima (não é nosso caso). 


Antes de qualquer coisa, a roupa e o sapato. Para isso, existem os Outlets! Estes merecem um post exclusivo mais a frente, e foi lá que montamos nosso enxoval de inverno assim que chegamos. Se a roupa está adequada ao clima, pode estar fazendo -20 que você vai lidar bem. Outra coisa que acompanha a neve é o risco de acidentes, desde quedas e tombos simples a engavetamentos de veículos nas estradas, principalmente quando chove e faz frio na sequencia, pois a rua vira uma pista de patinação, no sentido mais literal da expressão. No caso, estamos substituindo o velho risco de assaltos no Rio pelo risco de trombar no veículo canadense alheio ou cair de bunda no gelo. Fair enouth.


Há outros inconvenientes da neve, tanto para quem vai caminhar, quanto para quem vai dirigir. Caminhar exige atenção e dirigir exige também um pouco mais de tempo para tirar a neve que acumula sobre o carro. Rotina cansativa para quem não tem garagem coberta e também pode decepcionar os desavisados.


A rotina da cidade não muda, tudo funciona normalmente, o transito fica um pouco mais lento, os centros subterraneos ficam mais movimentados e tirar a bota para entrar na sala de espera do dentista é comum. O lado bom dessa nevarada toda são as brincadeiras e os esportes. As crianças não sentem frio. Vários pontos do bairro se transformam e tobogãs gelados que lotam nos fins de semana de crianças empacotadas nos trajes de neve e brincam como se estivessem na areia do baixo bebê da praia do Leblon, além das pistas abertas e muito bem estruturadas para patins e as estações de esqui. Outro tema que deve render um post separado...


Depois de encaramos -21 com sensação de -26, o corpo passa a entender que -5 é agradável. Isso me impressionou de verdade porque quando me falavam, eu não entendia, mas a natureza é muito incrível. Nunca imaginei que sairia na rua com 1 grau de temperatura e pensaria: hoje tá bom pra uma corridinha... O processo de adaptação é natural quando passamos por temperaturas extremamente baixas e retornamos ao clima mais ameno. O inverso também procede. Por isso, chegar durante o verão é uma opção melhor para a adaptação à queda gradativa de temperatura.

Outro lado delicinha da neve é que a cerveja está sempre gelada.
Aproveitemos!

Au revoir!


terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Agora é pra ficar!



Voltamos e agora é de vez. 

Muitos relatos para postar! Desde os motivos que nos levaram a reconsiderar a vida no Canadá, o processo de imigração, a viagem, até a adaptação de todos, agora com filho pequeno, cachorro e sogra!
Chegamos há dois meses e meio e ainda não conseguimos retomar as postagens, pois havia muito o que organizar, mas estamos com mais tempo para movimentar o blog de novo e dividir nossas experiências por aqui.

O próximo post será sobre a adaptação ao clima, já que chegamos no inverno e todos perguntam sobre isso o tempo todo.

Au revoir!